O jejum intermitente virou tendência. Muita gente tem adotado essa estratégia para perder gordura e melhorar a saúde, buscando mais energia e vitalidade. E olha, funciona mesmo — com potencial para ajudar no emagrecimento e na saúde do coração. Mas, atenção! Não é para todo mundo, e quem tem condições de saúde pré-existentes precisa de cuidado extra.
Antes de sair pulando refeições, é importante consultar um profissional, já que existem diferentes maneiras de fazer jejum intermitente. Cada uma delas pode ser ajustada ao seu estilo de vida e seus objetivos.
Vamos explicar aqui o que é o jejum intermitente, seus tipos e benefícios, além de dar dicas para quem quer começar essa jornada com o pé direito.
O que é o jejum intermitente?
Quando ouvimos o termo jejum intermitente, muita gente já pensa: “vou passar fome, né?”. Mas calma! Não é bem assim. O jejum intermitente é um padrão alimentar que alterna entre períodos de alimentação e jejum (com restrição de alimentos de 12 a 24 horas, por exemplo).
Durante o jejum, é possível beber líquidos sem calorias, como água (com ou sem gás), chá ou café sem açúcar (adoçantes não são permitidos). Já na chamada janela de alimentação, ou seja, o período em que se pode comer, a ideia é fazer uma alimentação equilibrada e rica em nutrientes. Esqueça pratos cheios de calorias vazias, o foco é comida de verdade: legumes, verduras, proteínas magras e carboidratos com fibras.
Para quem treina, uma dúvida comum é se a creatina quebra o jejum. A boa notícia é que não, desde que seja tomada pura, diluída em água.
O que acontece com o corpo durante o jejum intermitente?
O jejum intermitente é famoso como um aliado no emagrecimento, e isso tem uma explicação científica. Quando você para de comer por um tempo, os níveis de insulina caem e, em vez da glicose, o corpo começa a queimar gordura armazenada como fonte de energia.
Além disso, existe a possibilidade de o corpo entrar em um processo conhecido como autofagia, onde acontece uma espécie de limpeza celular, em que o organismo elimina coisas que podem ser prejudiciais à saúde. Isso pode ajudar na prevenção de doenças e fortalecer o sistema imunológico — um bônus bem interessante!
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Tipos de jejum intermitente
Existem diferentes maneiras de praticar o jejum intermitente, e você pode escolher a que se adapta melhor à sua rotina. Aqui estão as mais comuns:
- Jejum intermitente de 12 horas: considerado um dos mais comuns, a pessoa passa metade do dia sem comer. Exemplo: para de comer à noite, por volta das 21h, e volta a se alimentar novamente às 9h da manhã do dia seguinte, o que garante as três refeições no dia.
- Jejum intermitente de 16 horas: neste formato o jejum dura 16 horas e tem uma janela de alimentação de 8 horas. A primeira refeição do dia geralmente é o almoço. Quem jantou no dia anterior às 19h, já pode fazer a próxima refeição por volta das 11h da manhã do dia seguinte.
- Jejum intermitente de 24 horas: também conhecido como dieta 1:1, a pessoa se alimenta dia sim, dia não. Então, quem fez uma refeição às 12h, por exemplo, só poderá comer novamente ao meio dia do dia seguinte.
Lembre-se: qualquer tipo de jejum – especialmente os mais prolongados – deve ser feito com orientação médica, para evitar efeitos colaterais e garantir que você está no caminho certo.
Os benefícios do jejum intermitente
Se feito da forma correta e com acompanhamento médico, o jejum intermitente pode trazer muitos benefícios para o corpo a longo prazo, como:
- Melhora nos níveis de insulina: ajuda a prevenir o diabetes.
- Aceleração do metabolismo: maior queima de gordura e controle do apetite.
- Desintoxicação do corpo: o jejum atua como uma proteção contra radicais livres, reduzindo inflamações e ajudando a prevenir infecções.
- Longevidade e prevenção do envelhecimento precoce: o jejum intermitente pode proporcionar mais longevidade.
Contraindicações do jejum intermitente
Nem todo mundo pode fazer jejum intermitente. Quem tem distúrbios alimentares, como anorexia e bulimia, por exemplo, deve passar longe dessa prática, pois ela pode piorar a condição. Além disso, grávidas, idosos e crianças não devem aderir ao jejum, já que nessas fases da vida o corpo precisa de nutrientes de forma contínua.
Atletas de alto rendimento também devem ter cuidado, pois eles precisam de uma alimentação regular para manter a energia e a recuperação muscular.
Jejum metabólico x jejum fisiológico: qual é a diferença?
O jejum metabólico permite o consumo de alimentos que não ativam a insulina, como água, café e chá sem açúcar — bem parecido com o jejum intermitente. Já o jejum fisiológico é aquele em que não se pode consumir absolutamente nada, nem água. É o jejum mais comum antes de exames de sangue, por exemplo.
Então, a grande diferença está no que você pode ou não ingerir. No jejum metabólico, líquidos sem calorias estão liberados; no fisiológico, nem isso.